PRODUÇÕES LITERÁRIAS DEDICADAS À FORMAÇÃO

DE REVOLUCIONÁRIOS MARXISTAS QUE ATUAM NO DOMÍNIO DO DIREITO, DO ESTADO E DA JUSTIÇA DE CLASSE

 

KARL MARX E FRIEDRICH ENGELS SOBRE O DIREITO E O ESTADO, OS JURISTAS E A JUSTIÇA

 

Debate de Discursos em Berlim

 

Sobre o Ponto de Vista Constitucional:

Em Vez de o Ignorarem, Segundo a Possibilidade, os Srs. Deputados da Assembléia da Convenção Nacional,

Procuram, Firmemente, a Oportunidade de Flertar Com Esse Ponto de Vista, Pelo Amor da Paz.

Por que nos Querem Fazer Crer que Foram Convocados para Realizar Parlamentariamente

o Que Pode ser Apenas Realizado com o  Poder das Armas?  

 

KARL MARX[1]

 

Concepção e Organização, Compilação e Tradução

 Emil Asturig von München, Agosto de 2008

 

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(...) Através de todos os discursos (EvM. dos Srs. deputados da esquerda da Assembléia da Convenção, a Assembléia Nacional Prussiana), sente-se aquele abatimento que é a seqüência de amargas desilusões, aquela prostração do ex-membro dessa mesma assembléia que, de início, fez empantanar a revolução e, a seguir, afundando no pântano por ele mesmo criado, vai a pique, bradando dolorosamente : o povo ainda não está maduro !  

Em vez de se oporem diretamente a toda a Assembléia da Convenção (EvM. Assembléia Nacional Prussiana), mesmo os membros decididos da esquerda não abandonam a esperança de chegar a alguma coisa na câmara ou através da câmara dos deputados, conquistando uma maioria para a esquerda.

Em vez de assumirem uma posição extra-parlamentar dentro do Parlamento – única posição honrosa em uma câmara do gênero -, fazem uma concessão atrás da outra, a favor da possibilidade parlamentar.

Em vez de ignorarem, segundo a possibilidade, o ponto de vista constitucional, procuram, firmemente, a oportunidade de flertar com esse ponto de vista, pelo amor da paz.[2] 

 
(...) Por que é que eles nos querem fazer crer que foram convocados para realizar parlamentariamente aquilo que pode ser apenas realizado com o poder das armas?
Porém, evidentemente, esses Srs. “chegaram através da vida parlamentar ao ápice”, a partir de onde o Deputado Waldeck saber contar coisas tão belas, ápice esse onde o esprit de corps (EvM.: espírito de corpo) começa e a energia revolucionária – s’il y en avait (EvM.: se esta ali existisse)  - se evapora ![3]
 

 

(...) Em vez de avançarem mais à esquerda, avançam mais à direita. Com o patetismo mais bem intencionado de urradores, predicam a conciliação e o acordo.
Declaram querer esquecer e perdoar os maltratos recebidos, oferecendo a paz. É bem feito que sejam repudiados com risadas insultantes.[4]

 

 

 

EDITORA DA ESCOLA DE AGITADORES E INSTRUTORES

“UNIVERSIDADE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA J. M. SVERDLOV”

PARA A FORMAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO MARXISTA-REVOLUCIONÁRIA

DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS OPRIMIDOS

MOSCOU - SÃO PAULO - MUNIQUE – PARIS



[1] Cf. MARX, KARL. Die Adreßdebatte in Berlin (Debate de Discursos em Berlim)(30 de Março de 1849), in: ibidem, Vol. 6, Berlim : Dietz, 1961, pp. 372 e s.. Destaco que o  presente texto de Karl Marx foi publicado, pela primeira vez, na “Nova Gazeta Renana”, Nr. 259 de 30 de março de 1849.

[2] Cf. IDEM. ibidem, Vol. 6, Berlim : Dietz, 1961, p. 373.

[3] Cf. IDEM. ibidem, Vol. 6, Berlim : Dietz, 1961, p. 374.

[4] Cf. IDEM. ibidem, Vol. 6, Berlim : Dietz, 1961, p. 375.