PRODUÇÕES LITERÁRIAS DEDICADAS À FORMAÇÃO

DE REVOLUCIONÁRIOS MARXISTAS QUE ATUAM NO DOMÍNIO DO DIREITO, DO ESTADO E DA JUSTIÇA DE CLASSE

 

KARL MARX E FRIEDRICH ENGELS SOBRE O DIREITO E O ESTADO, OS JURISTAS E A JUSTIÇA

 

O Pan-Eslavismo Democrático

 

“Igualdade”, “Humanidade”, “Liberdade”, “Justiça” etc.

Nada Provam em Questões Históricas e Políticas 

 

FRIEDRICH ENGELS[1]

 

Concepção e Organização, Compilação e Tradução

 Emil Asturig von München, Agosto de 2008

 

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(...) O programa do Pan-Eslavismo Democrático encontra-se a nossa frente, contido em uma brochura : “Conclamação aos Eslavos, Por um Patriota Russo, Mikhail Bakunin, Membro do Congresso dos Eslavos, em Praga” Köthen, 1848. ... Já nessa passagem, reencontramos todo o entusiasmo exaltado dos primeiros meses, posteriores à Revolução (EvM.: Européia de 1848 e 1849). Nada se fala, porém, dos obstáculos existentes na realidade, envolvendo uma tal libertação universal. Nada se fala dos níveis de civilização tão inteiramente diferentes e das necessidades políticas, igualmente tão diversas, de cada um dos povos, necessidades essas condicionadas por aqueles níveis de civilização. A palavra “liberdade” substitui tudo.

Não se fala absolutamente nada sobre a realidade ou – na medida em que é considerada – é descrita como algo absolutamente censurável, produzida arbitrariamente por “congressos despóticos” e “diplomatas”. Em oposição a essa realidade perversa, surge a fictícia “vontade do povo”, com o seu imperativo categórico, com a reivindicação da “liberdade” , pura e simples. [2]

 

 

 

(…) “Justiça”, “humanidade”, “liberdade”, “igualdade”, “fraternidade”, “independência” : até o presente momento, não encontramos, no Manifesto Pan-Eslavista, nada mais do que essas categorias mais ou menos morais que, em verdade, soam de modo bonito, mas que, absolutamente, nada provam, em questões históricas e políticas.

A “igualdade”, a “humanidade”, a “liberdade” etc. podem reivindicar isso ou aquilo, por milhares de vezes.

Mas, se a questão em causa é impossível, não acontecerá de jeito nenhum e, apesar de tudo, permanece sendo uma “criação utópica vazia”.[3]  

 

 

 

EDITORA DA ESCOLA DE AGITADORES E INSTRUTORES

“UNIVERSIDADE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA J. M. SVERDLOV”

PARA A FORMAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO MARXISTA-REVOLUCIONÁRIA

DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS OPRIMIDOS

MOSCOU - SÃO PAULO - MUNIQUE – PARIS



[1] Cf. ENGELS, FRIEDRICH. Der demokratische Panslawismus (O Pan-Eslavismo Democrático)(15 de Fevereiro de 1849), in: ibidem, Vol. 6, Berlim : Dietz, 1961, pp. 270 e s. Cumpre-me assinalar que o presente texto de  Engels foi publicado, pela primeira vez, na “Nova Gazeta Renana”, Nr. 222 de 15 de Fevereiro de 1849.

[2] Cf. IDEM. ibidem, Vol. 6, Berlim : Dietz, 1961, pp. 271 e 272.

[3] Cf. IDEM. ibidem, Vol. 6, Berlim : Dietz, 1961, p. 273.