MARXISMO REVOLUCIONÁRIO, TROTSKYSMO

E QUESTÕES ATUAIS DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA INTERNACIONALISTA

 

LENIN SOBRE O MATERIALISMO

HISTÓRICO - DIALÉTICO

MILITANTE

 

Seu Combate em Defesa do Materialismo Histórico-Dialético de Marx e Engels contra as Vertentes Atuais

do Conhecimento Humano, sejam Idealistas – Subjetivistas, Inter-Subjetivistas, Objetivistas e Absolutistas,

Fenomenológicas, Intuicionistas e Psicologistas, Realistas e Nominalistas, Racionalistas e Empiristas,

Metafísicas e Dialéticas, Dedutivistas e Construtivistas, Monistas e Dualistas, - sejam Materialistas Mecanicistas

e Estruturalistas, sejam Naturalistas Metafísico-Organicistas, sejam Agnósticas

– Positivistas, Weberianas, Empirocriticistas, Pragmatistas e Historicistas –  sejam Cético-Construtivistas – Sofistas, Kantistas, Piagetistas, Habermasianas -, sejam ainda Hedonistas, Estóicas e Ecléticas et aliae

 

 

 

“Pelo seu fundamento, o meu método dialético não é apenas diferente do de Hegel,  senão é  diametralmente oposto ao dele. Para Hegel, o processo do pensamento - o qual é transformado até mesmo sob o nome de idéia, em um sujeito autônomo - é o demiurgo da realidade (EvM.: o criador da realidade), que apenas constrói a sua manifestação exterior. Para mim, inversamente, o ideal nada é senão o material, transposto e traduzido na cabeça do ser humano. O lado mistificador da dialética hegeliana critiquei há quase 30 anos, em um tempo em que ainda era a moda do dia. ... A mistificação que a dialética sofreu nas mãos de Hegel não lhe impediu, absolutamente, de ter apresentado, pela primeira vez, suas formas gerais de movimento, de maneira abrangente e consciente.   

Em Hegel, a dialética encontra-se de cabeça para baixo. É necessário revirá-la, a fim de descobrir o cerne racional no envólucro místico. Em sua forma mistificada, a dialética foi moda alemã, posto que parecia transfigurar o existente.Na sua forma racional, a dialética é uma ofensa e um horror para a burguesia e seus porta-vozes doutrinários, porque inclui, na compreensão positiva do existente, também, ao mesmo tempo, a compreensão de sua negação, sua necessária decadência, concebendo, na fluência do movimento, toda e qualquer forma que acabou de surgir, i.e. contempla-a também em seu lado efêmero, não se permitindo constranger por nada, sendo crítica e revolucionária, segundo sua própria essência.”

 

KARL MARX[1]

 

“Desdenhamos, do fundo d’alma, a frase grandíloqua sobre a “erudição e a ciência”, sobre os “bens ideais”, nos lábios dos lacaios diplomados que, presentemente, tanto mistificam o povo com o idealismo falsificado, quanto os padres idólatras, de outrora, emgabelavam-no com os primeiros dados recebidos então sobre a origem.”

 

JOSEPH DIETZGEN[2]

   

 

Concepção e Organização

Portau Schmidt von Köln

 

Compilação e Tradução

Asturig Emil von München

 

EDITORA DA ESCOLA DE AGITADORES E INSTRUTORES

“UNIVERSIDADE COMUNISTA REVOLUCIONÁRIA J. M. SVERDLOV”

PARA A FORMAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO MARXISTA-REVOLUCIONÁRIA

DO PROLETARIADO E SEUS ALIADOS OPRIMIDOS

MOSCOU - SÃO PAULO - MUNIQUE – PARIS

 

ÍNDICE GERAL

 

CAPÍTULO I.

 

SOBRE O SIGNIFICADO DO MATERIALISMO MILITANTE

V. I. Lenin

(Vladimir Ilicht Ulianov Lenin)

 

CAPÍTULO II.

SOBRE O JORNAL DO PARTIDO :

MATERIALISMO HISTÓRICO OU CIÊNCIA “PROLETÁRIA” ?

V. I. Lenin

(Vladimir Ilicht Ulianov Lenin)

 



[1] Cf. MARX, KARL HEINRICH. Nachwort zur zweiten Auflage des “Das Kapital” (Posfácio à Segunda Ediçao de “O Capital”)(24 de Janeiro de 1873), in : Marx & Engels Werke (Obras de Marx e Engels), Berlim : Dietz, Vol. 23, pp. 27 e s.  

[2] Cf. DIETZGEN, JOSEPH. Izbrannyie Filossofskie Sotchinenia (Obras Filosóficas Escolhidas), Moscou : Gosud. Izd., 1941, p. 261.